Na marca do XXVII SNPTEE, arte de Athos Bulcão ilustra a pluralidade de Brasília

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Viu a marca do XXVII SNPTEE e ficou com a sensação de “essa arte me lembra algo…”? Pois é, lembra mesmo. Brasiliense, o design Tiago da Silva Alves trabalha na Superintendência de Comunicação da Eletronorte e desenvolveu o conceito: “Para a XXVII edição, optou-se incorporar uma obra do renomado artista Athos Bulcão, cujos painéis são referência na capital federal. Elas estão presentes nos principais monumentos e, na peça escolhida, em particular, há elementos conceituais e visuais que dialogam muito bem com o emblema do SNPTEE, agregando valor à marca.”, explica.

Segundo Tiago, “o painel é composto de módulos, que fazem várias referências à Brasília. Entre elas, o desenho das asas do “avião”, bem como às curvas das “tesourinhas” do projeto urbanístico de Lúcio Costa”. A obra destacada na marca é um recorte do painel instalado no Tribunal de Contas da União, em Brasília.

A aplicação da obra teve autorização da Fundação Athos Bulcão, dedicada a preservar a obra do artista. Nesta primeira edição, você vai saber um pouco mais sobre a vida de Athos, com informações da Fundação. E aguarde: nas próximas revistas você vai acompanhar um resumo com as obras que são a cara de Brasília.

História

Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918, Athos passou sua infância em uma casa ampla em Teresópolis. Enquanto crescia, passava muito tempo dentro de casa e, por ser muito tímido, misturava fantasia e realidade. Na família havia um interesse pela arte e suas irmãs o levavam frequentemente ao teatro, ao Salão de Artes, aos espetáculos das companhias estrangeiras, à ópera e à Comédia Francesa.

Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e aprendeu muitas lições importantes sobre desenhos e cores. Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acreditava fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acreditava em inspiração. Para ele, o que existe é o talento e muito trabalho. “Arte é cosa mentale”, dizia, citando Leonardo da Vinci.

A trajetória artística de Athos Bulcão é especialmente consagrada ao público em geral. Não ao que freqüenta museus e galerias, mas ao que entra acidentalmente em contato com sua obra, quando passa para ir ao trabalho, à escola ou simplesmente passeia pela cidade, impregnada pela sua obra, que “realça” o concreto da arquitetura de Brasília.

Athos Bulcão estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Faleceu após uma parada cardiorrespiratória no dia 31 de julho de 2008, aos 90 anos.

As informações são da Fundação Athos Bulcão

Saiba mais em https://fundathos.org.br/

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